A população, o cidadão em questão...

Passando os olhos pelo jornal hoje, as manchetes ainda são sobre as mortes de policiais em São Paulo. Assunto comum nos conglomerados nos últimos tempos e que já é uma coisa que caiu na rotina do paulistano, esse paulistano que continua sendo vítima dessa onda de crimes devido ao fato de que não se tem uma etiqueta que indique a profissão para que não seja confundido com um policial ou com um perigoso traficante ou dito executor de tais crimes.
E agora, José?
Como fica a situação desse paulistano que sai para trabalhar todos os dias e não sabe se poderá retornar para casa ao fim do expediente?
Anos antes com aquela celeuma toda criada pelos componentes de uma famosa facção criminosa que impera no estado (digo famosa pois até um filme foi feito sobre tal incidente) um amigo disse: "para que a população se proteja da guerra entre o crime organizado e a polícia, seremos remetidos ao passado, aonde os colonos se juntavam com tochas, foices, ancinhos, enxadas e porretes para caçar os malfeitores que estavam assolando suas vilas e atormentando suas famílias. A solução é a sociedade civil armada nas ruas para se defender pois ninguém mais está lá para fazê-lo...", isso está na minha cabeça desde aquele dia e não me sai, ainda mais em tempos de inquietação que estamos vivendo.
Não sei o que pensar nessa hora, não sei se teria essa "coragem", me manter imparcial e me proteger nas sombras...
Mas uma outra coisa que eu ouvi a algum tempo numa conversa esporádica: "um homem acuado é capaz de tudo...". E continuamos rumo a mais um dia, sem saber se há um outro.